3 jeitos fáceis de entender quando se usa “quê” em vez de “que”

Uma norma gramatical a ser sempre lembrada: escrever “quê”, com acento circunflexo, é marcá-lo como monossílabo tônico em “e”, como nos monossílabos “dê, lê, sê”.

De maneira simples: quando vier ao fim de frase, quando for classificado como nome substantivo ou interjeição, o termo “quê” deverá ser acentuado graficamente. Vejamos:

1.Pronome interrogativo, em fim de frase:

“Você está se referindo a quê?”

2.Interjeição de espanto ou protesto:

“Quê! Não pode ser.”

“Quê! Isso é intriga.”

3.Nome substantivo, partícula “quê” substantivada, pluralizável:

 “É preciso pensar os quês e os porquês dessas ações do Governo.”

“Um quê de etéreo, de indefinido e vago derramavam […] seus olhares.”

                                                                                  Fagundes Varela

Há ainda uma curiosidade: o termo “quê” pode ser segundo elemento da locução adverbial intensificativa “como quê”. O acento circunflexo também demarcará a forma:

“É mentiroso como quê.”

“Matreiro como quê, engazopou meio mundo.”

Cientes dessa norma gramatical, conferimos que também a grafia “porquê” e “porquês” é também um nome substantivo:

“O Brasil é um lugar repleto de porquês ideológicos.”

Isolado ou ao fim de uma sentença, como o citado “quê”, a forma será grafada “por quê”:

“Por quê?”

“Ainda não assistiu à série, por quê?” 

Na próxima semana, abordarei origem e toda a aplicação do termo “porquê.” Conto com a sua leitura!

Um grande abraço, até a próxima e inscreva-se no meu canal!

 

DIOGO ARRAIS

YouTube: MesmaLíngua

Autor Gramatical pela Editora Saraiva

Professor de Língua Portuguesa

Fundador do ARRAIS CURSOS

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