Diversidade e inclusão: a adequação da sua empresa pode começar por você

Uma pesquisa da Robert Half revelou que mais da metade dos profissionais entrevistados (57%) acredita que a empresa na qual trabalha não tem uma política clara de diversidade e inclusão. Entre essas pessoas, 58% afirmou que um programa está sendo estruturado e 18% creditou a ausência da ação à falta de apoio da liderança. Mas, o que me assustou foi saber que ainda existe uma parcela (8%) acreditando que o tema não é relevante.

Realmente, não é fácil implementar uma política de diversidade e inclusão dentro de uma empresa. Isso porque não basta criar um manual. É preciso conscientizar todo o grupo, enraizar o tema na cultura da companhia, promover ações de sensibilização e fazer um mapeamento constante para entender se o tema está transitando de maneira natural entre o discurso e a prática. Sei de todas essas etapas porque a Robert Half acaba de ser listada no Índice Bloomberg de Igualdade de Gênero 2020 por ser uma empresa que preza pela diversidade, além de oferecer uma cultura inclusiva.

O que eu noto é que a visão de algumas organizações e pessoas ainda é muito limitada sobre os pilares da diversidade. Já não é possível apenas estruturarmos programas pensando em gênero, etnia, orientação sexual ou idade, por exemplo. É preciso tomar cuidado para não ofender ou constranger o outro com pequenas atitudes. Por isso, independentemente do seu nível hierárquico ou do posicionamento da sua companhia, convido você a ser um agente transformador desse novo momento por meio de ações simples, como por exemplo:

  1. Exclua de suas conversas brincadeiras que menosprezem a região onde seu colega de trabalho mora ou a instituição de ensino na qual ele estuda ou estudou;
  2. Indique para vagas de emprego pessoas que, além da ótima capacidade técnica e comportamental, se sentem socialmente excluídas;
  3. Entenda que uma piada só é engraçada quando todos riem juntos e não quando alguém do grupo se sente constrangido;
  4. Em uma reunião, exercite o hábito de ouvir e considerar de maneira sincera a opinião de todas as pessoas presentes;
  5. Respeite a opinião, os costumes, as crenças e as dificuldades do outro para receber respeito em troca;
  6. Pare de acreditar que um filho só é bem cuidado quando está sob a supervisão de uma mulher;
  7. Tire da cabeça a ideia de que profissionais sem filhos devem fazer mais horas extras;
  8. Não subestime a capacidade profissional de uma mãe após a maternidade;
  9. Não veja como frágil os profissionais que demonstram sentimentos;
  10. Pratique o acolhimento ao receber um colega novo no time.

Não tenho dúvida de que é dever de todos, como cidadãos, acolhermos os profissionais com igualdade. Mas, enquanto esse mundo ideal não chega, que tal cada um de nós fazermos nossa parte?

Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

Powered by WPeMatico