Empregabilidade: o que fazer para melhorar a situação?

Nesta semana, ministrei uma palestra sobre planejamento de carreira no evento Reconecte. Sempre fico feliz quando posso abordar o assunto, pois acredito que ele deveria ser tratado em algum momento de todos os cursos universitários. Acho uma pena quando vejo jovens profissionais ingressarem no mercado de trabalho sem um plano em mãos e, consequentemente, delegando o rumo da carreira a terceiros.

No evento que participei, a maior parte dos profissionais já havia se graduado há algum tempo. Uns buscavam recolocação, enquanto outros estavam interessados em se movimentar. Se você também está em uma dessas situações, deixo seis orientações para você melhorar a sua empregabilidade:

  1. Profissionais qualificados têm menos chance de ficar desempregado – O Índice de Confiança da Robert Half mostra que a taxa de desemprego entre profissionais com mais de 25 anos de idade e nível superior completo foi de 6,1% no primeiro trimestre de 2019, contra 12,7% da média geral. Se você se enquadra nesse grupo e ainda apresenta um histórico de alta performance como diferencial competitivo, dificilmente ficará sem emprego por muito tempo, independentemente da sua idade.
  2. Você é responsável por garantir o seu valor na companhia – Sou muito a favor de empresas que investem na qualificação e no desenvolvimento dos profissionais, mas é fundamental que o colaborador não perca oportunidades de agregar mais valor ao negócio, seja por meio da participação em projetos internos ou busca de conhecimentos valorizados dentro da companhia. Além disso, peça feedbacks, leia livros, estude idiomas e atualize-se sempre. 
  3. Na busca por oportunidades, exercite a flexibilidade – Já vi muitos profissionais construindo carreiras interessantes após aceitarem oportunidades fora de regiões tradicionais, como o eixo Rio – São Paulo. Outros descobriram inúmeras vantagens ao atuarem por projetos, no lugar de se limitarem apenas a oportunidades em equipes permanentes.
  4. Cada vaga merece um currículo – Não caia na armadilha de disparar o mesmo currículo para uma lista extensa de e-mails. Personalize o documento após fazer um cruzamento entre as necessidades da vaga em aberto, o perfil da companhia e o que você tem de melhor a oferecer ao empregador, sem esquecer de mencionar palavras-chave.
  5. Busque informações sobre como o mercado percebe você – Ser um profissional com alguma capacidade, habilidade ou qualificação para atuar em diferentes segmentos ou áreas ajuda muito no processo de recolocação ou movimentação. Assim como é importante avaliar se a sua pretensão salarial está compatível com a praticada pelo mercado.
  6. Networking é vital – Mantenha-se conectado às pessoas, tanto no ambiente virtual quanto presencialmente, em todos os momentos da carreira. Demonstre, ainda, abertura para ajudar outros profissionais. Assim, caso você precise de um auxílio, dificilmente te faltará mãos estendidas. 

Eu, Fernando Mantovani, tenho consciência de que o profissional que sou em 2019 precisa apresentar pontos de evolução em 2020. Então, é prudente que eu me antecipe quanto às necessidades de adequações e aprendizagens.

Se eu não assumir o controle da minha carreira, corro o risco de, em algum momento, cair no papel de vítima. E vitimização não resolve o problema de ninguém, não é mesmo? 

Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

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