Este filme da Netflix traz uma boa reflexão sobre a mais valiosa das competências

“Se quer vencer, dance no seu ritmo. “A mais valiosa das competências profissionais, o autoconhecimento, é um dos temas centrais do filme “A Dançarina Imperfeita”,  uma produção da Netflix, em cartaz no serviço de streaming.

O filme conta a história de uma jovem que, para entrar na faculdade em que o pai estudou, tenta enriquecer o currículo de boas notas com diversas atividades extras, geralmente valorizadas pelos recrutadores em processos seleção das universidades norte-americanas.  Para a estudante, ser aprovada na faculdade é uma maneira de homenagear o pai, já falecido, e também de atender às expectativas da sua mãe.

Para atingir o objetivo, a jovem não mede esforços nem dedicação. Mas, o quão dela era esse sonho? “Faltava à personagem o propósito, o motivo de estar ali, isso tem a ver com a nossa missão. Para descobrir, é preciso ter autoconhecimento”, diz a coach Stefania Giannoni, fundadora da SLG Consultoria Empresarial.

A relação intrínseca entre propósito, missão e autoconhecimento dá a medida da importância dessa competência. Ter uma boa percepção de si mesmo é essencial para identificar atividades, profissões e empresas que têm potencial para trazer autorrealização e felicidade no trabalho. Além disso, é o ponto de partida para desenvolver as chamadas soft skills, competências comportamentais como, por exemplo, resiliência, flexibilidade, capacidade de trabalhar sob pressão, colaboração e a criatividade.

“Se uma pessoa quer ter sucesso em sua carreira, precisa do autoconhecimento, para saber quais são as suas forças, seus pontos a melhorar e para onde ela está indo”, diz Stefania. Também por isso, muitas empresas têm apostado em selecionar seus candidatos medindo níveis de autoconhecimento e trazendo essa reflexão para as entrevistas de emprego.

A Ambev, em seu processo seletivo para trainees, tem apenas dois requisitos principais e nenhum deles é técnico: história de vida e identificação com a cultura da empresa. A cervejaria também criou uma plataforma de capacitação com conteúdos sobre autoconhecimento para ajudar os candidatos nesse processo.

“A cultura da organização define a maneira de se trabalhar e também influencia na felicidade profissional. Se não houver um alinhamento, não dá certo. Muitos jovens já entenderam isso também”, diz Stefania.

No filme, a personagem fica desconcertada com os questionamentos ligados ao autoconhecimento feitos pela recrutadora da universidade. Reflexões como aquelas propostas pela funcionária da faculdade tiraram a estudante da zona de conforto. Todas aquelas atividades e penduricalhos no currículo eram, na verdade, vazios de sentido.

Em quarentena, muitos profissionais que estavam trabalhando de forma automática, levando a vida por levar, passaram por esse movimento de reflexão e de reinvenção, segundo a coach. “Sabemos que, nas piores situações, é que o ser humano para, repensa e traça outro caminho”, diz.

À personagem faltava se conhecer para entender seus pontos fortes: foco, comprometimento, perseverança, proatividade, capacidade de persuasão, trabalho em equipe, capacidade de negociação, liderança.

A determinação é o ponto mais relevante, porque esta característica é que vai ajudar no desenvolvimento de habilidades que ela não tem, segundo a especialista em desenvolvimento humano. “Talento sem determinação não leva ao sucesso; determinação com desenvolvimento de habilidade leva ao sucesso.”

A capacidade de liderança também é um ponto forte da jovem. “Ela recrutou um time de ponta, que tinha suas dificuldades, mas ela usou a dificuldade para poder captá-los e persuadi-los. Todo líder tem capacidade de influência e ela conseguiu fazer isso”, diz.

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