Extravasar ou extravazar? Entenda o que são cognatos e nunca mais erre

São Paulo – Como cuidamos da Criatividade na Escrita? É certo que o óbvio caminho está no hábito da Leitura, porém há exercícios que despertam (e muito!) vocábulos, sentenças, parágrafos e textos elogiáveis.

COGNATOS

São cognatos os termos com a mesma raiz, como em “livro, livreiro, livraria”.

Quando se passa a ter contato com o étimo (a base, a história da palavra), a consequência é criar saudáveis analogias, até mesmo para compreensão dos porquês de uma grafia.

Pensemos, pois, no contato com a palavra “extravasar”. A dúvida de muitos usuários da Língua pode estar no uso do “s” ou “z”. Em rápida busca pelo Dicionário Aulete da Língua Portuguesa, percebe-se a seguinte origem:

EXTRAVASAR é formado por extra- + vaso  + -ar: fazer transbordar, sair do âmbito a que estava restrito; derramar-se; transbordar.

A partir disso, fica bem mais simples compreender que o “extravasor”, grafado assim mesmo com “s”, é um dispositivo de segurança, usado em barragens, para não permitir que o nível de água do reservatório atinja valor perigoso.

 DE ONDE VEM O VERBO VAZAR

 É um verbo que significa “tornar vazio”, “esvaziar”. Como registrou José Vieira, em Sol de Portugal:

“Uma senhora de Penacova arrancou o cabelo da cabeça, pô-lo dentro da bacia d’água e todas as manhãs lá ia vazá-la e deitar outra nova.” 

Um exemplo bem simples:

“A caixa d’água começou a vazar: tornar-se vazia. “

Em suma, é uma enorme riqueza ter curiosidade (habituando-se a pesquisar) pela origem e sentido das palavras. Com isso, haverá a construção de textos mais atraentes, ordenados e lógicos, em obediência ao padrão exigido.

Extravasemo-nos.

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DIOGO ARRAIS
Fundador do Arrais Cursos
YouTube: MesmaLíngua
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Professor de Língua Portuguesa

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